Dos vilões que adoramos
Na verdade, tinha pensado em escrever qualquer coisa sobre a cena das vacinas porque um amigo meu tinha publicado uma frase, no seu mural do facebook, engraçadíssima que dizia assim: "Instalei um anti-vírus no meu computador. Ficou autista."; mas depois cheguei a hoje e achei que a temática era tão aborrecida que pensei cá de mim para comigo, "Que se lixe. Vou antes falar dos nossos vilões de estimação".
Pessoalmente, não vejo estes nossos adorados vilões como némesis no sentido que lhe é atribuído actualmente de o "pior inimigo". Posso, eventualmente, vê-lo no sentido clássico do termo enquanto força encarregada de combater a húbris, como força que combate os excessos e neste sentido, vejo-os antes como alguém que tem uma perspectiva diferente e que porventura colide com a do protagonista. Não os vejo como personagens maniqueístas, vejo-os como personagens com um percurso próprio que os conduziu aquela situação.
Os Comics sempre exploraram este aspecto muito bem e por isso é impossível não sentir simpatia por vilões como, por exemplo, o Magneto ou o Loki (ambos do universo Marvel). É claro que depois quando a coisa passa para o cinema ou para as séries de televisão e nos apresentam um Loki com esta cara:
Pois é claro que a malta simpatiza... e simpatiza muito diga-se. Na realidade, e apesar de gostar muito dos outros dois vilõezinhos lindos do Arrow e do The Flash, tenho de admitir que o Loki é o meu vilão favorito e coitadinho Tom Hiddleston que, provavelmente, terá imensas dificuldades livrar-se deste personagem (não me parece que a coisa no Kong lhe tenha corrido muito bem e no Crimson Peak, a coisa também podia ter corrido melhor mas isto é apenas a minha opinião).