Da série "I hate people".
Estava aqui a pensar no quanto detesto pessoas como regra geral. É verdade que esta se trata de uma afirmação, um tanto ou quanto, injusta porque estou a generalizar e a realidade é que a coisa não é assim tão linear como parece à primeira vista.
Quando eu digo; "detesto pessoas" não estou a incluir o mundo inteiro, mas estou automaticamente a caracterizar comportamentos e situações de terceiros que me causam desconforto. A gradação do desconforto pode posteriormente variar entre o "estás aqui estás a levar com um taco de baseball nos cornos" até ao " bacano, agora a sério... quem é que te ata os atacadores?". As situações mais frequentes são as relacionadas com as questões sobre os "atacadores", as outras - relacionadas com os tacos de baseball - são menos frequentes porque se tratam de respostas mais agressivas relacionadas com a percepção individual de invasão e/ou ameaça.
Por exemplo, não sei se vos acontece, mas uma coisa que me deixa completamente doida são as filas dos supermercados. Desde logo eu tento ir o menos possível a supermercados (prefiro fazer as compras online), porque não percebo e não tenho paciência para pessoas que andam por ali a passear. Não consigo entender o conceito de passear num supermercado, nem o de levar criancinhas a passear no mesmo e confesso que também não quero entender porque seja porque razão for, o que eu sei é que não tenho que levar com isso excepto em situações de emergência.
É nestas situações de emergência que se integra a questão das filas do supermercado. Eu não sei qual é o problema que as pessoas têm em respeitar o espaço individual de cada um. É um problema de distâncias. Normalmente, não conheço o outro de lado nenhum para que este sinta que tem o direito de estar coladinho à minha pessoa. A este tipo de "invasão/ameaça", por norma, respondo de forma agressiva que pode variar entre o rosnar ou dar-lhes uma pisadela inesquecível.
Poder-me-ão perguntar vocês: "Então e os transportes públicos?"
Ó meus amores.... Nunca, mas nunca, entro em qualquer transporte público que esteja apinhado nem que esteja atrasada para o que quer que seja. Da mesma maneira que, por norma, não frequento locais cheios de gente. Já estão a imaginar o meu desespero nos santos populares não é? Eu, que até gostava de mostrar ao marido essas celebrações e coisas assim, ele diverte-se e eu fico ali - numa espécie de tortura - a sentir-me ameaçada por todos os lados. É uma sensação horrível digo-vos já.
Ainda assim, o que me aflige mesmo é o respeito pela distância pessoal. Ou falta dele neste caso.