La Bruja
Sabem, há momentos na vida de uma pessoa que dá muita vontade de fazer um bonequinho de voodoo, enchê-lo de alfinetes e dar com a cabecinha do dito cujo na esquina de uma mesa ou assim (nota: esta coisa de dar com a cabecita do bicho na esquina da mesa não funciona grande coisa se o bonequinho for de papel, já que esta tende a saltar).
É verdade, já fiz alguns... mas sempre por um bom motivo. Ou seja, precisava de um boneco representativo no qual pudesse bater à vontade e espetar-lhe objectos aguçados sem ser crime. É muito libertador, devo dizer, pois alguns tabefes e algumas agulhas mais tarde sentimo-nos bastante melhor e mais leves. Pessoalmente, considero-o um bom mecanismo anti-stress e é compatível com a legislação penal portuguesa.
Por outro lado, podem as alminhas mais supersticiosas ficar descansadas porque se querem que vos diga, objectivamente, nunca encontrei nenhuma prova que estabeleça qualquer relação de causalidade entre o azar de algum sujeito representado e o respectivo bonequinho mas quando encontrar eu prometo que aviso.
Entretanto, vamos lá ver se eu resisto à tentação.