Técnicas de Gestão Alucinada (a.k.a. T.G.A)
Curiosamente, o universo passa o tempo a escangalhar-me a agenda de publicações temáticas do blogue. Eu não ia escrever sobre Técnicas de Gestão Alucinada, até porque é um conceito em desenvolvimento, mas o meu lado profissional falou mais alto e não me deixou outra alternativa que não fosse introduzir-vos a este novo conceito de gestão.
Ora bem, as Técnicas de Gestão Alucinada (T.G.A), são caracterizadas por se tratarem de actos de gestão praticados por dirigentes sob efeito de substâncias alucinogénicas. Portanto, como devem imaginar é algo que acontece com alguma frequência aqui neste cantinho à beira-mar plantado. Os dirigentes, são como os psicopatas homicidas, são super simpáticos, carismáticos, atractivos e um verdadeiro mimo de boas intenções desde que ninguém abra a porta da cave.
O meu marido costuma dizer que os portugueses não sabem gerir o que quer que seja. Não sabem gerir pessoas, não sabem gerir equipas, não sabem gerir organizações. Não têm aptidão, nem competências para tomar decisões racionais. Não decidem em função das necessidades da organização, mas sim em função das necessidades de curto-prazo do "Ego".
Pessoalmente - e de uma maneira geral - estou completamente de acordo com o raciciocínio dele e no dia 21 de Março foi lançado um estudo, conduzido pela Universidade do Minho, que eu que penso que reflecte um bocado esta ideia. O maior problema das organizações são os seus dirigentes que tendem a colocar a necessidade de gratificação a curto-prazo do "Ego" à frente da sustentabilidade da organização em si e transformam a sua gestão num jogo de soma zero (i.e. no âmbito da teoria dos jogos, um jogo de soma zero é aquele em que para um ganhar o outro tem de perder). Uma organização é um organismo vivo composto por pessoas, todas elas com a sua função. Se aquela que tem por principal função ser o cérebro das operações, padecer de uma qualquer dependência de substâncias susceptíveis de induzir uma sensação de gratificação imediata, então o organismo tem um problema cujas consequências são: ou a sua insustentabilidade a médio e longo prazo; ou uma ressaca monumental.