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A Diva do Sofá

Porque gostamos de ver filmes e séries, mas quer em casa, quer no cinema o importante é estarmos bem instalados.

A Diva do Sofá

Porque gostamos de ver filmes e séries, mas quer em casa, quer no cinema o importante é estarmos bem instalados.

Porque gostamos de ver filmes e séries sempre bem instalados.

Atestados de Menoridade e outras coisas acabadas em "dade"

HRM, 16.09.16

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 Atestados de menoridade, de imbecilidade, de incapacidade intelectual... isto é o que eu penso daquela ideia estúpida de estender a pensão de alimentos por mais sete anos.

 

Em Portugal a maioridade atinge-se aos 18 anos - eu sei que não parece mas, está escrito no Código Civil que é assim apesar da prática atual de infantilização dos indíviduos - tecnicamente, isto quer dizer que estas criaturas de 18 anos são adultas, responsáveis pelos seus actos e são juridicamente imputáveis quando têm ideias imbecis (que é - mais coisa menos coisa - 99% das vezes, mas faz parte do processo individual de aprendizagem).

 

Agora, eis que de repente, pimbas!... Já não bastava os pais das criaturinhas dedicarem o seu tempo livre à infantilização das mesmas, como ainda vem o Legislador confirmar o processo, passando um atestado de menoridade às mesmas dizendo que os piquenos são manifestamente incapazes de tomarem conta de si próprios. Para os mais distraídos, aqui não estamos a falar do valor da prestação pecuniária mas sim do princípio por detrás da mesma. No limite, uma criaturinha de 18 anitos pode responder em tribunal por homícidio mas... o papá ou a mamã, têm de lhe pagar uma pensão de alimentos até aos 25 anos porque o coitadito(a) é incompetente para sobreviver por si só.

 

Confesso que considero que esta medida é absolutamente brilhante de analisar em diversas dimensões, principalmente, no que respeita à manutenção da paz familiar e às tragédias giríssimas a que deve dar azo. No entanto, tudo isto também me levanta algumas questões adicionais como é - por exemplo - o caso do abandono social dos cidadãos séniores. Portanto, mais uma vez no limite, vamos estar perante situações engraçadíssimas de cidadãos séniores votados ao abandono pelas mesmas criaturinhas que tiveram de sustentar - obrigatoriamente - até aos 25 anos. Epá! Isto vai ser giro. Até porque toda a gente sabe que - de hoje em dia - estes velhos encardidos... quer dizer, encardidos não, vintage... são riquérrimos e têm uma capacidade de sobrevivência inegualável.

 

É... o Legislador tem umas ideias porreiras.

 

 

   

Da série "Shooooo! Go home now"

HRM, 15.09.16

Ontem à noite, já depois de mais uma visita, a outra toca de outro hobbit (pese embora, esta com um ar muito mais simpático do que outras que tenho visto e com uma fauna circundante mais agradável também), dei de caras com uma notícia no Jornal Público que dizia: "Alfama quer manter a alma lisboeta livre da invasão de casas para turistas"

 

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Livre da invasão de casas para turistas e livre dos próprios dito cujos, diria eu porque não há paciência para transportes públicos cheios destas criaturas. No entanto, como me sinto generosa, até vou fazer o favor de tolerar a fauna, temporariamente, importada a passarinhar por aí e fingir que não causam constrangimentos na via pública.

 

Pessoalmente, subscrevo - a 300% - as palavras do autarca da freguesia de Santa Maria Maior e acho que esta preocupação devia estender-se a outras freguesias do concelho de Lisboa, porque não é normal o que está a acontecer. O sector da hotelaria & turismo tem agentes próprios autorizados a operar neste sector, as agências imobiliárias não são operadores turísticos nem têm de ser sob pena de estarem a desvirtuar aquilo que é a natureza do seu negócio (e não me venham com o argumento que arrendamento é arrendamento) . Esta merda não é, nem deve ser, um Algarve gigante em que cada marmelo, que tem uma barraca não-sei-aonde, arrenda a um outro estropício - que se empenha a até às orelhas - para uma vez por ano ir confratenizar com mais 500 mil pessoas, todas juntinhas, num quadradinho que se chama praia de Albufeira.

 

Para quem anda à procura de casa em Lisboa, uma das coisas mais aflitivas é abrir os portais de pesquisa de imóveis e começar logo a dar de frente com "apartamentos de charme" todos equipados e mobilados, de 12 m2, 150 euros por dia... Só lhe falta mesmo serem robotizados e arrumarem-se sozinhos. 

 

O resultado prático, destas brincadeiras em torno da exploração do mercado do turismo, é o inflacionamento completamente desregrado e selvagem dos preços dos imóveis em geral. Por isso sim, penso que é necessário começar a impôr alguma ordem no tasco via legislação uma vez que a existente não parece ser suficiente.

 

 

 

 

   

O Culto da Cabra

HRM, 14.09.16

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Por algum motivo estranho à minha sensibilidade, nesta era do politicamente correcto parece que existe uma noção pré-determinada de que temos de ser simpáticos com toda a gente. De que temos de gostar das mesmas coisas que todos os outros gostam, de que temos de aderir às modas e às tendências que todos os outros aderem, de que temos de nos anular ou anular parte de nós para que os outros gostem da nossa pessoa sempre em conformidade com os parâmetros socialmente estabelecidos e a bem da cordialidade entre seres humanos, mesmo quando temos vontade de oferecer um cházinho de cicuta ao próximo ou aconselhar-lhe a realização de uma lobotomia.

 

 

Por todo o lado, somos bombardeados com mensagens que nos dizem o que temos de ser e como temos de ser quando pertencemos ao género masculino ou ao género feminino. Consoante somos menino ou menina, ou brincamos com carrinhos ou vestimos de cor-de-rosa. Se vestimos de cor-de-rosinha, somos condicionadas para as bonequinhas e para as casinhas quando crescermos. Se brincarmos com carrinhos, somos condicionados para a suposta proteção das bonequinhas e das casinhas. A terrível perspetiva inspirada na filosofia de Rosseau dita que este modo de vida do, velho e decrépito, continente europeu assuma que o homem é naturalmente bom e que a sociedade é que o corrompe. O que eu digo já é algo diferente; digo que se o homem fosse naturalmente bom não era necessário a existência de uma sociedade até porque não desejaríamos, com tanta frequência, que algumas criaturas contribuissem, para o bem estar e felicidade da humanidade em geral, cessando a sua função vital de respirar.

 

Aquilo que estou a dizer-vos é que não têm de ser simpáticas (ou simpáticos) com toda a gente e muito menos com aqueles pelos quais não nutrem qualquer tipo de afeto. Não têm de seguir modas ou tendências só porque todos os outros seguem, não têm de gostar das mesmas coisas que todos os outros gostam, não têm de abdicar da vossa singularidade e não precisam da validação de ninguém para serem quem são. No entanto, é conveniente evitar a utilização de cicuta em terceiros uma vez que a legislação portuguesa não vê com bons olhos esse tipo de empreendimento mas, daí a querer corresponder às expectativas dos outros via anulação do próprio digo-vos que se trata de uma experiência que não traz bons resultados. 

 

Tolerar e conviver pacificamente em território neutro é possível sem qualquer necessidade de nos desfazermos em simpatias exageradas mas, para isso há que soltar a cabra que há em nós e marrar sempre que considerarmos que é necessário. É isso que vou fazer neste meu cantinho internético. Abraçar o culto da cabra e marrar sempre que for preciso.

Operação CoC - Capturar o Cherne

HRM, 13.09.16

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É verdade, as coisas que vão aparecendo no meu facebook mesmo quando não faço questão...

 

Pois bem, indo ao cherne da questão a verdade é que os moços da Comissão Europeia há muito tempo que estavam feitinhos para abocanhar o Exmo. Sr. Dr. Durão Barroso e agora afinfaram-lhe mesmo. Pessoalmente não sou fan do Jean-Claude mas, tenho de admitir que, esteve muito bem e me fez rir mesmo estando sóbrio... ou pelo menos estou a partir do principio que estaria sóbrio aquando da decisão, no entanto não posso garantir que tal facto corresponda a uma evidência.

 

Agora, já não podemos dizer o mesmo da rapaziada do PSD que, desde que ganharam as eleições em 2011, tem sido uma bebedeira contínua. Primeiro porque ganharam e depois porque deixaram de governar sem saber muito bem nem como nem porquê. Podia pois ter-lhes servido de emenda e ponderar sobre os acontecimentos a título de learning experience mas... não. A adição ao alcóol é mais forte e depois há umas personagens que vão exibindo umas carrancas muito indignadas criticando a actuação da Comissão Europeia. A parte positiva da coisa é que; ao olhar para esta imagem agora já sei que é o líder parlamentar Luís Montenegro e se algum dia tiver o azar de o encontrar na rua posso sempre pedir um exorcismo a um qualquer clérigo que me apareça pela frente.   

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